Animais
CHUVA DE ARANHAS
O designer Erick Reis, de 20 anos, registrou uma 'chuva de aranhas' em Santo António da Platina, no norte do Paraná. Segundo o jornal ‘Tribuna Hoje’ o autor do vídeo contou que nunca tinha visto um fenômeno deste tipo e que ficou assustado com tal situação.
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"Eu estava a fotografar a festa de noivado de uns amigos e vi as aranhas quando já estava a ir embora, ao fim da tarde. Fiquei pasmado com a situação, nunca tinha visto nada igual, tanto que nem acreditei a 100 por cento no que estava a ver", explicou.
Erick disse ainda que as aranhas estavam presas em teias e que se movimentavam bastante. "Foi muito estranho, fiquei tão distraído que até me esqueci das câmaras à chuva. Eu não tenho ideia de quantas estavam aglomeradas, sei que eram muitas", acrescentou.
Uma bióloga especialista em aranhas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Marta Fischer, analisou a imagem e disse que o fenômeno é normal e ocorre principalmente em cidades do interior de São Paulo.
"São aranhas da espécie Anelosimus Eximius, também conhecidas como aranhas sociais. Normalmente ficam nas árvores durante o dia e ao final da tarde e início da noite constroem uma espécie de lençol de teias, cada uma faz a sua própria teia e depois unem-se todas. O objetivo é capturar insetos", explicou a bióloga.
"Durante o dia, elas destroem as teias para evitar que as aves façam isso", conclui Marta, afirmando ainda que o veneno desta espécie de aranhas não causa riscos aos humanos.
SITUAÇÃO PARECIDA FOI REGISTRADA NO AMAZONAS
Uma colônia de aranhas do gênero Anelosimus teceu teias gigantes em copas de árvores, cercas de madeira e no pasto de uma fazenda em Iranduba (região metropolitana de Manaus).
Segundo a especialista em aracnídeos Lidianne Salvatierra, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o fenômeno é raro em áreas distantes de florestas nativas.
Salvatierra disse acreditar que as aranhas tenham migrado para as árvores da fazenda por um fenômeno de dispersão.
A espécie de aracnídeo tem menos de um centímetro de comprimento.
"Essas aranhas são originárias de floresta tropical. Como são bem leves, um vento ou um animal pode ter ajudado na dispersão."
As teias gigantes atraíram a atenção da população de Iranduba, cidade de 40 mil habitantes às margens do rio Solimões.
A imagem das árvores encobertas por teias lembra um cenário de ficção científica. O dono da fazenda não quis se identificar para a equipe do Inpa.
De acordo com a especialista, as aranhas tecem as teias há três meses. Amostras da espécie foram coletadas para pesquisa e registro no instituto.
Segundo a pesquisadora, as aranhas Anelosimus se agrupam em teias individuais até a formação de ninhos coletivos --por isso são chamadas de "aranhas sociais".
As teias servem de abrigo e de armadilha para insetos. Grossos, os fios das teias são resistentes ao calor e à chuva amazônica.
O movimento de borboletas que tentam se livrar das teias consegue desfazer pequenas partes da estrutura. "Mas milhares de aranhas capturam as borboletas antes que isso aconteça", conta Salvatierra